SUPREMO GRANDE CAPÍTULO DA MAÇONARIA ECLÉTICA

1783-2021
A Maçonaria Eclética ou Rito Eclético
A Maçonaria Eclética Maçonaria Eclética é uma fraternidade essencialmente filosófica, filantrópica, evolucionista e progressista, que através de seus Rituais ensina ao individuo a liberdade de pensar e de se expressar e desenvolver-se junto à sociedade. A franco-maçonaria como Fraternidade Eclética evolutiva é uma instituição universalistas, que abriga as mais variadas matrizes formada a partir de influências de inúmeras nações sem marco temporal definido. Ela é constituída por Homens de espiritualismo eclético que trabalham incansavelmente em prol da Pátria, da Ordem e da Humanidade. O Ecletismo estar contido na concepção filosófica do franco-maçonaria para os livres pensadores e formadores de opiniões espaços pelo orbi terrestre. A Sociedade Eclética dos francos-maçons usa de inúmeros símbolos e artifícios oriundos de diversas manifestações das civilizações, incorporando em sua estrutura crenças e culturas de todos os tempos e de todas as raças. Podemos assim afirmar que a franco-maçonaria é uma instituição eclética no sentido da união fraternal e da ajuda mútua, pois unem todos os homens que a ela se afiliam como Fraternos Irmãos, sem preocupações de etnias raciais, crenças religiosas, nacionalidades e opiniões políticas e partidárias, defende a liberdade de consciência, prezando sempre pelo direito e dever de cada cidadão. A Maçonaria Eclética é um verdadeiro abrigo para Homens virtuosos, livres de dogmas que são sustentados pelos pilares da maçonaria: Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
“A secular Maçonaria Eclética ou Corporação Maçônica Eclética, nada mais é que um conjunto de tradições, costumes e regras sociais, uma síntese orientadora, uma Escola de Perfeição, um Magistério de Sabedoria, um verdadeiro Professorado para os Sábios e Filósofos, livres e virtuosos: Um Triângulo Perfeito"
O Sistema da Maçonaria Eclética
O Rito Eclético
O Sistema da Maçonaria Eclética ou simplesmente Rito Eclético foi compilado em 01 de maio de 1776, pelo Barão de Ditfurth, com quatorze graus, sendo publicado em Frankfurt oficialmente em 1779, na Alemanha. Não prosperando como esperado, Barão de Ditfurth resolveu reformar e reestruturar o rito em parceria com os maçons Johann Karl Brönner e o Barão de Knigge (1781-1783), mudando radicalmente sua estrutura. A partir da reforma, os graus simbólicos passaram a ter destaque no Sistema da Maçonaria Eclética. Após a reforma e promulgada a Constituição da Maçonaria Eclética, no mesmo ano, os graus simbólicos ficaram independentes dos graus filosóficos (nos moldes da maçonaria inglesa), as lojas simbólicas passaram a ter autonomia para decidir que caminho trilhar no filosofismo sem a interferência das Grandes Lojas Simbólicas. Seu governo seria autônomo e independente do simbolismo como exigido pela maçonaria regular. No mesmo ano, um grupo de lojas simbólicas se reuniram em Frankfurt com a intenção de fundar e estabelecer um corpo filosófico, soberano, autônomo e independente, denominado de Grande Capítulo da Maçonaria Eclética, com onze graus filosóficos, tendo destaque os graus de Cavaleira Rosa-Cruz e Cavaleiro Kadosh. Esse novo corpo tinha como finalidade unificar, regular, administrar e orientar o sistema filosófico adotado pelas lojas ecléticas. O Rito floresceu na Europa e nas Américas, sendo estabelecido na Cisplatina e Rio da Prata em 1882 , e no Brasil, em 1892.
No sistema Eclético, a IGUALDADE e a LIBERDADE são direitos essenciais que o Homem, na sua perfeita e original primitiva forma recebeu da natureza, sendo Ele, livre para escolher o seu próprio caminho. Assim, o Maçom Eclético como Triangulo Perfeito pode decidir qual caminho trilhar, quando começar, remodelar ou acabar a obra, utilizando como ferramentas suas próprias concepções e aspirações.
A História do Rito Eclético na Alemanha
O Rito Eclético Filosófico
O Sistema da Maçonaria Eclética ou Rito Eclético foi compilado em em 01 de maio de 1776, com quatorze graus pelo Barão de Ditfurth (Franz Dietrich von Ditfurth: 1738, Dankersen, Alemanha – 1813, Weser, Alemanha), sendo publicado em 1779, em Frankfurt, não prosperando no primeiro momento na Alemanha. Assim, o Barão de Ditfurth resolveu reformar e reestruturar o rito em parceria com Johann Karl Brönner, (Johann Ludwig Karl Brönner: 1 de julho de 1738, Frankfurt, Alemanha - 22 de março de 1812, Frankfurt, Alemanha) e o Barão de Knigge (1781-1783), mudando radicalmente sua estrutura. A partir de então, os graus simbólicos passou a ter destaque no sistema da Maçonaria Eclética.
A Reforma do Rito Eclético
O Barão de Knigge, (Adolph Franz Friedrich Ludwig Knigge: 16 de outubro de 1752, Wennigsen, Alemanha - 6 de maio de 1796, Brémen, Alemanha), em 1782, logo após o Congresso em Wilhelmsbad, reformou o “Rito Eclético Filosófico” (compilado em 1776 pelo Barão de Ditfurth), em conformidade com as normas e diretrizes da maçonaria regular inglesa, transformando-a em um verdadeiro Professorado Filosófico. Separou os graus simbólicos dos graus filosóficos, excluindo dos rituais as especulações do hermetismo, templarismo e ideias cabalísticas incluídas nos seus traçados originais que nada tinha haver com a ordem dos pedreiros-livres, trazendo de volta à pureza primitiva e genuína da franco-maçonaria, restando tão somente à essência maçônica estabelecida conforme os antigos Landmarks da Maçonaria Inglesa.
Os graus simbólicos para Knigge, Ditfurth e Brönner, representavam a mais pura maçonaria, um sistema de ensino que transformava homens comum em verdadeiros professores e filósofos, sendo o alicerce de toda estrutura eclética, representando ainda, a “Evolução Racional da Espécie Humana”.
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A Corporação Eclética Alemã
As Grandes Lojas Provinciais de Frankfurt e de Wetzlar, nos dias 18 e 21 de março de 1783, encaminharam Pranchas Circulares Ecléticas a todas as lojas alemãs, com os quinze pontos que regulamentava a Maçonaria Eclética. Nesta prancha, ficaram definido os direitos e deveres de cada alojamento e de cada obreiro. No artigo 3º da referida circular, ficou regulamentado que as Lojas definiriam quais e quantos graus superiores seriam instalados. O projeto da prancha circular foi elaborado pelo Irmão Johann Karl Brönner, obtendo sucesso, diversos alojamentos aderiram a Sistema Eclética. Além de Brönner e Knigge, um dos grandes impulsionadores que colaborou muito com a divulgação e crescimento do rito na Baviera Adam Weishaupt (Johann Adam Weishaupt: Ingolstadt, 6 de fevereiro de 1748 — Gota, 18 de novembro de 1830), que se deligou logo em seguida. Outro grande nome que contribuiu com o rito foi Johann Joachim Christoph Bode (Johann Christoph Bode - Brunsvique, Alemanha, 16 de janeiro de 1730 - Weimar, Alemanha, 13 de dezembro de 1793).
A Constituição da Corporação Eclética dava plena independência a suas Lojas a trilhar a estrada da filosofia em separado da base simbólica. Assim, o Sistema Eclético, ou simplesmente “Rito Eclético”, permaneceu com seus graus reformados e adaptados a franco-maçonaria especulativa e regular.
A Maçonaria Eclética e as Grandes Lojas de Frankfort e Hamburgo
A Maçonaria Eclética se estabeleceu em 1783, na Alemanha, no seio das Grandes Lojas de Frankfurt e Hamburgo, sendo organizadas posteriormente as Grandes Lojas Provinciais em Frankfort, Hambugo, Wilhelmsbad e Wctzlar.
Foi instalada em Paris, em 1822, a Grande Loja do Rito Eclético. O Rito também foi bem sucedido também na Polônia, Nápoles, Dinamarca e Suíça. Além dos países citados, o rito foi praticado nas Américas por Grandes Lojas e Grandes Orientes regulares.
O Rito Eclético deu origem ao Sistema Retificado conhecido como Rito da Ordem dos Cavaleiros da Cidade Santa, fundado em 1784 na França, e também, ao Rito de Schroeder, além de influenciar outros sistemas maçônicos alemães e franceses.
A Fundação do Primeiro Grande Capítulo
da Maçonaria Eclética
Separados o filosofismo do simbolismo no sistema eclético, e definido a sua base, diversos alojamentos continuaram a trabalhar no filosofismo, afim de estabelecer relações com os demais autos corpos estrangeiros. Alguns corpos foram instalados na linhagem inglesa e outros na escocesa. Diversos francos-maçons alemães de várias lojas resolveram reorganizar os graus filosóficos compilados por Ditfurth antes da reforma, sendo selecionados dos sistemas maçonaria regular existentes graus genuínos que mantinha os princípios da maçonaria especulativa aplicada ao crescimento e a evolução do Homem, tendo ênfase e destaque os Graus de Cavaleiro Rosa-Cruz e Cavaleiro Kadosh.
Um Grande Capítulo soberano e independente foi fundado e estabelecido em Frankfurt (1783-1785), com a finalidade de regular, administrar e orientar o sistema filosófico adotado no ecletismo, ficando como guardião de sua liturgia.
A Corporação Eclética no Uruguai e no Brasil
O Rito Eclético no Uruguai
A Maçonaria Eclética foi introduzida no Uruguai em 1882, por Dr. Justino Jimenez de Aréchaga Moratório, quando da cisão que ocorreu no Grande Oriente do Uruguai e seu Supremo Conselho (Gran Oriente del Uruguay y su Supremo Consejo). Ele reuniu diversos maçons cientistas, filósofos e poetas liberais para estabelecer a maçonaria liberal republicana na Cisplatina e Rio da Prata, e também, reformar o sistema maçônico praticado por suas lojas.
Partindo dessa necessidade, um grupo de estudiosos, sob o comando e a direção do Grande Presidente do Conselho dos Ritos, Irmão Lino G. Abelino Arroyo, com espíritos críticos e renovadores, a partir do signo do ecletismo alemão, desenvolveram um novo sistema maçônico a ser seguido pelas Lojas do Grande Oriente da Republica Oriental do Uruguai. Analisaram todos os ritos e rituais da Maçonaria Eclética Alemã, extraindo deles, a essência da maçonaria tradicional, regular e moderna, reduzindo seus inúmeros graus em um único compendio maçônico conforme estabelecido por Ditfurth em 1776. Esse no sistema absolveria os inúmeros colégios litúrgicos existentes nas regiões da Cisplatina e Rio da Prata.
Dr. Jiménez, para atender o novo sistema maçônico compilado separou da estrutura do Grande Oriente da Republica Oriental do Uruguai (Gran Oriente de la Republica Oriental del Uruguay) os graus simbólicos dos graus filosóficos (conforme determinava as resoluções do Congresso de Lausanne de 1875, ou seja, uma Grande Loja ou um Grande Oriente administra os Graus Simbólicos, já os Graus Filosóficos, seriam administrados por um auto corpo denominado de Supremos ou Conselho), alterando os arts. 83, 84, 85 do Código Maçônico, promulgado e aprovado em 04 de maio de 1882.
Logo após a reestruturação do Grande Oriente da Republica Oriental do Uruguai, Dr. Jimenez, com o apoio do Grande Oriente Brasileiro (Gran Oriente Brasileño), constituiu um Auto Corpo para atender a maçonaria filosófica Uruguaia (Ritos Azuis), denominado de Supremo Grande Capitulo da Maçonaria Eclética (Supremo Gran Capítulo da Masoneria Ecléctica), substituindo o antigo Colégio dos Ritos Azuis, instalado em Montevideo em 1856. Esse auto corpo foi instalado e consagrado em 1883 pelo Mui Poderoso Supremo Conselho para o Rito Escocês Antigo e Aceito do Grande Oriente Brasiliero (Muy Poderoso Supremo Consejo para el Rito Escocés Antiguo y Acepto del Gran Oriente Brasileño). Seu primeiro presidente foi o Irmão Rufino P. Ravìa Gonzalez, sendo sucedido em 1885, pelo Irmão Lino G. Abelino Arroyo. O Rito Escocês ficou subordinado ao Mui Poderoso Supremo Conselho do Rito Escocês Antigo e Aceito do Grande Oriente Brasileiro, uma vez que só existia uma única loja. Inúmeras lojas ecléticas foram instalada no Uruguai, Argentina e Chile, entre 1880-1910.
O Rito Eclético no Brasil
A Maçonaria Eclética e sua filosofia no Brasil foi introduzida pelo Conselheiro Gaspar da Silveira Martins (Departamento de Cerro Largo, 5 de agosto de 1835 — Montevidéu, 23 de julho de 1901), no Rio Grande do Sul em 1892, quando voltou do exilio da Europa.
Relata ainda a historia que o Conselheiro Gaspar da Silveira Martins dotado de um Espirito Eclético elevadissímo, com a participação e a colaboração do General Gumercindo Saraiva da Rosa (Arroio Grande, 13 de janeiro de 1852 — Carovi , Capão do Cipó, 10 de agosto de 1894), General Aparício Saraiva da Rosa (Santa Clara de Olimar, à época pertencente ao departamento de Cerro Largo, atualmente de Treinta y Três, Uruguai - 16 de agosto de 1856 — Santana do Livramento, Brasil, 10 de setembro de 1904) e o General João Nunes da Silva Tavares (Barão de Itaqui: Herval, 24 de maio de 1818 — Bagé, 9 de janeiro de 1906), instalou nas trincheiras dos Maragatos, Cerro Largo, Bagé e Piratini, quando da Revolução Federalista, (1893-1895), as Lojas Liberdade e Honra, Proctetora da Pátria, Estrella da Liberdade, além de Câmaras e Capítulos Ecléticos. Essas lojas foram a base da Revolução Federalista.
Com o falecimento do General Gumercindo e com o retorno de Silveira Martins para Montevideo, o Rito Eclético teve efêmera duração na Republica Federativa do Brasil. As Lojas Ecléticas foram suprimidas pelo Rito Escocês Antigo e Aceito ou adormecidas no sul do país. O Rito Eclético era também conhecido como Rito dos Iluminados , ou simplesmente, Rito dos Gasparistas no Rio Grande do Sul e suas fronteiras.
A Estrutura da Maçonaria Eclética
A estrutura do Rito Eclético está organizado em três graus simbólicos, e destes, elevam-se onze graus filosóficos, compondo assim, os graus nos moldes do antigo Rito Eclético (Ditfurth: 1776-1779), classificados em seis classes distintas: Loja Simbólica ou Loja de São João; Loja de Mestre Maçom da Marca; Câmara de Perfeição Eclética; Grande e Sublime Capítulo Eclético; Conselho Eclético Filosófico de Cavaleiros de Kadosh; Soberano Concílio.
A Maçonaria Eclética Simbólica ou Maçonaria
de São João
No Regime Eclético a base principal são os graus simbólicos, que compreendem nos três primeiros denominados de: Aprendiz, Companheiro e Mestre. Esse alicerce sustenta a hierarquia de onze graus da Maçonaria Filosófica Eclética. Os graus simbólicos ficam sob a administração exclusiva da obediência simbólica regulares e autoridade suprema do seu grão-mestre, já os graus filosóficos, ficam sob o comando e supervisão do Supremo Grande Capitulo da Maçonaria Eclética.
1ª Classe - Loja Simbólica ou de São João
Grau 1 - Aprendiz Maçom
Grau 2 - Companheiro Maçom
Grau 3 - Mestre Maçom
Maçonaria Eclética Filosófica
A estrutura filosófica compreende em: Loja de Mestre Maçom da Marca; Câmara de Perfeição Eclética; Grande e Sublime Capítulo Eclético; Conselho Eclético Filosófico de Cavaleiros Kadosh; Soberano Concílio; que são designados, genericamente, de Oficinas Litúrgicas. A administração do Soberano Grande Capítulo é presidido pelo seu Grande-Regente.
2ª Classe – Loja de Mestre Maçom da Marca
Grau 4 - Mestre Maçom da Marca
3ª Classe – Câmara de perfeição Eclética
Grau 5 - Sábio do Triangulo Perfeito
Grau 6 - Cavaleiro do Real Arco de Salomão
Grau 7 - Filósofo do Triangulo Perfeito ou Perfeito e Sublime Maçom
4ª Classe - Grande e Sublime Capítulo Eclético
Grau 8 - Cavaleiro da Espada
Grau 9 - Soberano Príncipe Rosa-Cruz
Grau 10 – Patriarca Noaquita
5ª Classe – Conselho Eclético Filosófico de Cavaleiros Kadosh
Grau 11 - Príncipe do Líbano
Grau 12 - Cavaleiro Escocês de Santo André
Grau 13 - Cavaleiro Kadosh de Heredon
6ª Classe – Soberano Concílio
Grau 14 – Grande Inspetor Geral